Manutenção fora do prazo: saiba quais são os efeitos

Sempre que se tem um automóvel, ou sempre que se compra um, é necessário ter uma atenção especial a algumas condições essenciais para que o veículo não passe a dar problemas – como as revisões periódicas, por exemplo. O proprietário tem que ter em mente que terá, além do compromisso com o agendamento da revisão, uma despesa a mais, mesmo que pontual, mas ela deve entrar no orçamento, bem como no calendário. Evite fazer a manutenção fora do prazo!

Os prazos de revisões periódicas merecem atenção especial, é preciso ficar alerta, especialmente porque algumas condições do veículo podem exigir a antecipação de alguns serviços, como a troca de óleo.

Quem não tem o hábito de realizar essas revisões dentro do prazo e nem de obedecer as quilometragens especificadas para cada revisão, corre o risco de comprometer o bom funcionamento do carro, sendo necessário muitas vezes uma visita forçada à oficina e gastos extras.

Fique ligado aos prazos

É fundamental estar atento aos prazos que a montadora estipula – cada marca possui um plano de revisão, normalmente a cada 10 mil quilômetros no início e 20 mil quilômetros após as primeiras revisões (algumas montadoras começam aos 5 mil quilômetros, com a troca de óleo).

O Grupo de Manutenção Automotiva (GMA), que é um órgão que reúne as principais associações e sindicatos do setor, lançou um aplicativo chamado “Carro 100%”, que está disponível para Android e iOS. Esse aplicativo ajuda a verificar a hora certa de revisão de itens relacionados à segurança, economia e ao meio ambiente, ajudando os proprietários de veículos a lembrar dos tantos detalhes que a manutenção de um carro exige.

Veja os efeitos de uma manutenção fora do prazo

Sabe aquela história de “vou esperar mais um pouquinho”? Nada disso! Especialistas mostram porque não se deve deixar para depois e fazer as revisões periódicas exatamente quando a montadora aconselha. Veja o que pode acontecer ao fazer a manutenção fora do prazo:

Com as velas de ignição

Recomenda-se que carros que trafegam em grandes centros urbanos considere 50% do plano de manutenção, ou seja, se a montadora aconselha a troca de velas a cada 20 mil km, o motorista deve fazer isso aos 10 mil km.

Os sinais de que há problemas com as velas de ignição são bem fáceis de reconhecer: aumenta o consumo de combustível e o motor perde potência. As velas quando desgastadas prejudicam bastante o desempenho do veículo.

Fazendo a manutenção dentro do prazo ou na metade do mesmo, conforme já se explicou, evita que haja um excesso de desgaste, o que compromete todo o sistema de ignição, provoca falhas e pode danificar outros componentes, como tampa do distribuidor ou cabos de ignição, entre outros.

Com a troca de óleo (a falta de)

A troca de óleo é feita normalmente a cada 5 mil km (os minerais) e a cada 10 mil km (os sintéticos). De qualquer forma, se deve sempre consultar o manual do fabricante, pois a recomendação pode variar conforme o modelo e a marca.

Os sinais de que está na hora ou que já passou da hora de trocar o óleo: pequenos pingos de óleo no chão, que vão aumentando e deixando marcas cada vez maiores onde o carro fica estacionado. Quando o escapamento liberar fumaça branca, é sinal de óleo queimado.

Caso não faça essa troca, ocorrerá o aumento do vazamento que pode afetar a funcionamento do motor, prejudicando bastante o seu desempenho.

Com a bateria

Muita atenção às luzes do painel, que podem indicar qualquer anomalia na parte elétrica, bem como no alternador ou ainda no sistema de alimentação.

Quando o veículo roda pouco, a bateria pode descarregar com mais facilidade. Caso o carro fique parado muitos dias durante a semana, é importante que ele seja ligado eventualmente. Em casos mais graves, o veículo pode até não ligar. E sempre é bom lembrar que esquecer os faróis ou o rádio ligados por muito tempo enquanto o carro estiver parado e com o motor desligado, pode descarregar a bateria, dependendo do tempo que isso acontecer, até totalmente.

Com o sistema de freios

Normalmente os freios são verificados em cada revisão – ou seja, a cada 10 mil km. Mas, alguns sinais mostram quando os freios podem estar com problemas, como quando é necessário pisar mais forte que o habitual ou quando sentir que o pedal do freio está baixo, por exemplo. Pode ser sinal de pastilhas de freio desgastadas.

Freios com problemas podem comprometer o funcionamento do sistema, como perda de eficiência na frenagem, trepidação e ineficiência no freio de estacionamento, citando alguns. Além disso, há ainda o desgaste prematuro das peças, que pode causar a perda total do freio.

Amortecedores

Normalmente a revisão dos amortecedores é feita a cada 10 mil km, mas isso pode variar de acordo com as condições de uso do veículo. Veículos que trafegam bastante em pistas irregulares tendem a apresentar um maior desgaste do que os veículos que trafegam em pistas bem pavimentadas.

Amortecedores desgastados causarão ruídos na suspensão, balanços excessivos e solavancos. Eles podem comprometer a capacidade de frenagem, exigindo até 2,5 metros a mais de distância do que em condições normais, considerando uma velocidade de 80 km/h. Em pistas molhadas causam a perda de estabilidade, que pode causar a falta de controle do veículo.

Revisão periódica em Bom Jesus da Lapa

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