Para-raios: conheça a melhor proteção contra descargas atmosféricas


O para-raios é o equipamento que vai minimizar o impacto de um raio, ou de raios, sobre a terra. Ele atrai as descargas elétricas atmosféricas, proporcionando um caminho seguro para que a descarga elétrica chegue até o solo. Seu nome técnico é Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA) e foi projetado e construído por Benjamin Franklin.

O para-raios mais comum, é uma haste de metal ligada à terra por um fio condutor de cobre, com uma coroa de quatro pontas em sua extremidade superior, coberta por platina, para que suporte o forte calor gerado pela descarga elétrica.

A Ponto do Eletricista quer mostrar a importância desse equipamento, bem como os tipos e o que há de novo com relação ao para-raios.

Para-raios: conheça a melhor proteção contra descargas atmosféricas

A função de um para-raios – e como atuam

Função básica: proporcionar um caminho seguro para a descarga elétrica ­ esse caminho é que leva a descarga até o solo. Deve estar sempre em um local bem alto e seu princípio de funcionamento se baseia no poder das pontas do condutos metálico.

Com relação à como funciona: um para-raios interage com uma nuvem eletrizada que esteja passando por ele, o que provoca uma indução eletrostática. Cargas elétricas de sinal contrário ao da nuvem são induzidas nas pontas de metal do para-raios, formando um campo elétrico em suas vizinhanças. O campo elétrico se intensifica, ultrapassando a rigidez dielétrica do ar e, atingindo esse limite, o ar se ioniza e forma um caminho condutor até as nuvens, e é então que ocorrem as descargas elétricas.

Tipos de para-raios

Para-raios de Franklin ­ esse é o modelo mais utilizado ­ já citado acima. É uma haste metálica, com captadores e um cabo de condução que vai até o solo. A energia da descarga elétrica é dissipada por meio do aterramento. O cabo condutor, que vai da antena ao solo, deve ser isolado para não entrar em contato com as paredes da edificação. As chances de o raio ser atraído por esse tipo de equipamento são de 90%.

Para-raios de Melsens ­ tem a mesma finalidade do para-raios de Franklin, mas adota o princípio da gaiola de Faraday. O prédio é envolvido por uma armadura metálica ­ por isso chama-­se “gaiola”. É instalada no telhado uma malha de fios metálicos com hastes de 50cm, que são as receptoras das descargas elétricas.

Essas hastes devem ser conectadas a cada 8 metros. A conexão com o solo é também feita por um cabo de descida e que pode ser a própria estrutura do edifício, como as ferragens de uma coluna. Mas para que se use as estruturas de um prédio, é necessário um projeto de engenharia.

Para-raios radioativos ­ estes diferem dos outros por terem formato diferente, seus captadores têm o formato de discos sobrepostos e usam material radiativo em sua fabricação, o radioisótopo Amperico­241. No Brasil, sua fabricação foi autorizada entre 1970 e 1989, e acreditava-se esses serem mais eficientes do que os outros modelos. Mas foram feitos estudos e chegou-­se à conclusão de que seu desempenho não era melhor que o dos convencionais e que não se justificava o uso de fontes radioativas para a função.

Instalação de para-raios

A instalação de um para-raios deve seguir as diretrizes da norma técnica ABNT 5419/2005, que tem todas as regras necessárias para que seja instalado com segurança. Há vários fatores que devem ser observados antes de uma instalação, como o local adequado, a incidência de raios na região etc.

Além disso, é muito importante consultar um engenheiro para que esse elabore um projeto seguro. Importante lembrar que, conforme a norma 5419/2004, os para-raios não protegem equipamentos eletrônicos como portões automáticos, elevadores, computadores, alarmes, etc.

Sistemas de para-raios

Sistemas de para-raios

Captação ­ o captor é definido de acordo com o tamanho da edificação. Normalmente já existe uma estrutura metálica que pode ser utilizada como para-raios ­ escadas, mastros de antena ou telhas de metal, entre outros. Nesse caso, haverá apenas a conexão desse sistema a um subsistema de descida e de aterramento.

Descida ­ podem ser feitos com cabos de cobre nu, com um tamanho específico, para os casos em que a edificação possui até 20 metros de altura. Caso o prédio seja maior que isso, o cabo de cobre deve ter um tamanho maior. Os pilares de estruturas metálicas podem substituir o cobre na descida do para-raios.

Aterramento ­ Esse subsistema pode ser feito com colunas e alicerces de onde o para-raios será instalado. Um sistema de aterramento é uma viga na terra que é conectada a um fio que percorre a casa.

Verdade e mitos sobre os para-raios

Sempre há alguma “lenda” em torno de equipamentos como para-raios. Veja aqui 3 delas:

Há quem ache que a instalação de para-raios em residências pode apresentar riscos aos moradores. Mito: o equipamento proporciona uma maior segurança ao imóvel, pois tem a mesma função do que em um prédio maior, que é a de conduzir a energia para a terra. ­

Para-raios protegem equipamentos eletrônicos. Mito: a melhor proteção, nesse caso, é o aterramento ­ ou uso do fio terra, como costuma-se dizer.

Caiu um raio próximo de casa, mas nem precisa se preocupar, já que ‘um raio não cai duas vezes no mesmo lugar’. Mito: pode sim, um raio cair no mesmo lugar.

Lembre-se: a Ponto do Eletricista de Bom Jesus da Lapa além de trazer informações relevantes e importantes aos clientes, também coloca-­se à disposição para ajudar em qualquer tipo de projeto elétrico que o cliente precise. basta fazer-nos uma visita.

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